O ano era 2005 e, depois do sucesso de “Admirável Chip Novo”, a expectativa para o segundo álbum de Pitty estava alta. A artista não só correspondeu como entregou um dos melhores álbuns do rock, “Anacrônico”. O registro reafirmou sua força na música brasileira e a consagrou como voz ativa daquela geração. O disco celebra 20 anos em agosto de 2025 e ganha lançamento especial, com isso, a gente aproveita para relembrar o impacto da obra-prima.
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Relevância na época
“Anacrônico” foi um marco na carreira de Pitty e provou que ela “passou no teste” do segundo disco. A sonoridade ficou mais pesada, segura e ainda mais autoral e contou de novo com a produção de Rafael Ramos (via Deck Disc). Além disso, o álbum foi masterizado por Brian Gardner, que trabalhou com nomes como David Bowie e Foo Fighters, um salto técnico além das fronteiras brasileiras.
Em entrevista ao O Tempo sobre os 15 anos de álbum, ela refletiu:
“Tem essa mística mesmo ao redor do segundo disco de uma banda cujo primeiro álbum faz sucesso, mas pra gente isso não coube. Eu vinha do ‘Chip Novo’ com uma bagagem grande de coisas escritas, versos, ideias e poemas de uma vida inteira, então, na real, para o segundo tava sobrando vontade, letras, canções.”
Singles de destaque:
“Anacrônico”: videoclipe ambientado em hospital psiquiátrico retratando alienação; um dos melhores e mais sombrios da música nacional.
“Memórias”: somou sucesso com presença em trilhas como a novela “Caminho das Índias” e o filme “O Maior Amor do Mundo”.
“Déjà Vu”: também entrou em trilhas de novelas, só que da Record/SBT.
“Na Sua Estante”: balada emblemática, ganhou o “Videoclipe do Ano” no MTV VMB 2007 e até hoje emociona nos shows da artista.
“Brinquedo Torto”: a versão no DVD “{Des}Concerto ao Vivo” é um dos destaques da produção.
Curiosidades e bastidores
– A saída do guitarrista Peu Sousa e entrada de Martin Mendonça durante as gravações trouxe renovação criativa ao grupo. “Foi um momento de transição estética e pessoal; com a saída de Peu e a entrada de Martin na guitarra, nós acabamos redefinindo e descobrindo uma sonoridade para o disco que é forte até hoje”, declarou ao O Tempo.
– Teve uma versão DualDisc, que combinava CD e DVD com bastidores e documentário, raridade para a época.
– A arte da capa e miolo são de Edinho Sampaio. Segundo Pitty, as “drongas”, que dependendo do olhar poderiam ser garotas de hoje com um toque retrô ou mulheres retro com um toque futurista, dialogando com o título escolhido.
20 anos depois: relançamento especial
Pitty celebra os 20 anos do segundo álbum da carreira com um relançamento físico caprichado em CD, vinil e cassete, com tiragem limitada. Lançado originalmente em 2005, o disco marcou uma guinada na estética sonora da artista, apostando em guitarras afiadas, produção mais densa e letras que atravessam gerações. A nova edição chega às lojas no dia 25 de agosto, data em que os fãs poderão reviver – ou descobrir – esse marco do rock nacional.
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